sexta-feira, julho 22, 2005

Hoje vou tentar ser sério
Fez dia 15 de Julho dez anos que o D. Jorge (o pobre) morreu. D. Jorge foi um conquistador à maneira antiga, atrevido, cheio de graçolas, ousado e sempre com uma resposta instantânea para ultrapassar as "dificuldades.
Lembro-me de quando eu ia à Missa (algo que eu ainda detesto), ficava a ver as "palhaçadas" do D. Jorge: Cantava alto e desafinado, despejava um montão de moedas de centavos na caixa das esmolas (uma a uma) e saía da igreja imitando um deficiente (eu fazia o mesmo por solideriedade).
O D. Jorge foi uma pessoa que me marcou para toda a minha vida (normalmente é o que acontece numa relação entre pai e filho), tanto na maneira de enfrentar a vida, bem como na boa disposição mesmo nos momentos mais difíceis. Quando eu morrer (será que vou morrer), quero manter a mesma postura do D. Jorge, sempre pronto para a brincadeira (e se possível na companhia de uma enfermeira checa - não é pedir muito, pois não?).
Termino aqui este meu post, pois começo a ficar com os olhos húmidos. Mas termino com duas frases que o D. Jorge estava sempre a dizer: "Um homem é um homem, um gato é um bicho" e "Um homem não chora, nem que saiam as tripas fora".

quarta-feira, julho 20, 2005

Bodes espiatórios (ou será que prefiro o 36?)

Desde sempre que oiço falar mal (muito mal mesmo) dos chinocas. Ora são devoradores de criancinhas, ora são tipos de pila ridiculamente pequena, ora são maus (pelo menos existia um que era tão mau que passou a ser conhecido por Mao), ora são exploradores de criancinhas indefesas, ora são violadores de tailandesas em idade casadoira... Tudo balelas!
Lembro-me de quando era um estudante (pelo menos tinha esse título) que por duas vezes correu o boato de que uns chineses andavam a atacar meninas à saída das escolas. Nunca cheguei a ver nenhum chinês à porta da minha escola (aquele que trabalha na Casa Chinesa, na Rua Dr. Fernão Ornelas, não conta). Até tentei convencer uma das minhas colegas que eu era um dos chineses; essa minha colega era danada para a brincadeira, mas só gostava de situações exóticas (uma vez fez amor com iaque albino). A coisa até ia bem encaminhada, mas no momento em que eu saquei da minha petit anaconda, a Dora (era este o nome dela e o pessoal até fazia chalaças com esse nome: "a dora adora douradas". coisas jovens bexigosos e irreverentes) faz um movimento retráctil ao melhor estilo de um passo de dança do Mick Jagger, o que realmente não é nada motivador!
Isto só vem provar (cientificamente falando) que os chineses são pacatos (mesmo que fossem violadores; uma violação nunca seria digna desse nome... ficaria só por "prenúncio de violação") e ordeiros (é só ordenar um 36 e os gajos sabem logo que é Galinha com Amêndoas)... aliás, se formos honestos, os chineses são só fruto da imaginação (tal como o Adamastor e o Eça de Queirós).
Essa é que é essa!